Política

Tragédia alerta para segurança em hospitais

Pelo menos 14 pessoas já morreram no incêndio no Hospital Badim. Foto: Arquivo

Após a tragédia ocorrida no Hospital Badim, na Tijuca, Zona Norte do Rio - que já conta com 14 mortos – a necessidade da obrigatoriedade de brigada de bombeiros em unidades de saúde entrou na pauta do deputado estadual coronel Fernando Salema (PSL).

Pela proposta do deputado, a partir do Projeto de Lei nº 1047/2019, passa a ser obrigatória a manutenção de uma brigada profissional composta por bombeiros civis em hospitais, shoppings, casas de shows e espetáculos, hipermercados, lojas de departamentos e campus universitários.

Segundo a assessoria do deputado, o PL tem o objetivo de valorizar a categoria dos bombeiros civis e ao mesmo tempo garantir a prevenção em ambientes com grande circulação de pessoas, como unidades de saúde, espaços de recreação e entretenimento ou de acervo de itens de valor histórico. O projeto foi apresentado em agosto.

O texto também torna obrigatória a presença desses profissionais em edifícios públicos ou privados que abriguem acervo de valor histórico para exposição ou arquivo e em qualquer estabelecimento educacional, de eventos ou reunião pública que receba concentração de pessoas em número acima de mil ou com circulação média de 1.500 pessoas por dia.

Pelo projeto do coronel Salema, brigada passaria a ser obrigatória. Foto: Divulgação
Pelo projeto do coronel Salema, brigada passaria a ser obrigatória. Foto: Divulgação

As equipes devem ter pelo menos um profissional do sexo feminino e dispor de recursos materiais obrigatórios.

O projeto ainda precisa ser aprovado na Alerj para posterior sanção do governador do estado.

Outros casos

No dia 2 de setembro de 2018, o Museu Nacional, localizado dentro da Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, também na Zona Norte do Rio, foi consumido por um incêndio de grandes proporções.

Considerada a maior tragédia museológica do Brasil, o acidente aconteceu justamente no ano em que a instituição comemorava 200 anos de existência. Cerca de 90% do acervo em exposição foi consumido pelas chamas, provocando um dano irreparável. Também não havia no local uma brigada de bombeiros civis com plano de proteção e combate a incêndios.

Em outubro de 2010, um incêndio de grandes proporções destruiu parte do Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.

Na ocasião, as chamas começaram em um transformador e mais de 70 pacientes tiveram que ser transferidos para receber atendimento em outras unidades. O hospital ficou dois anos fechado.

Três anos depois, em janeiro de 2013, uma tragédia ocorrida no município de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, ganhou repercussão nacional. Um incêndio na boate Kiss deixou 242 pessoas mortas 680 feridas.

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